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Manejo de Irrigação
Fenologia e perda de água para a atmosfera
Fenologia e perda de água para a atmosfera

Desenvolvimento da planta para o manejo de irrigação.

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Escrito por Rafael Ferreira
Atualizado há mais de uma semana

Este artigo faz parte de uma série de artigos com conteúdo técnico que fizemos para te ajudar a entender como funciona nossos produtos. Este é referente ao produto de Manejo de Irrigação. Abaixo está a lista de todos os artigos publicados por nós que contemplam este assunto.

Fenologia

Em culturas anuais (culturas plantadas todo ano, por exemplo soja) e culturas perenes (culturas permanentes, por exemplo citros) recém plantadas à medida que a planta cresce, o sistema radicular efetivo (raiz efetiva) também cresce. A raiz efetiva é a camada de solo onde se concentram a maioria das raízes que absorvem água. Em culturas perenes adultas a raiz efetiva fica estável, pois o seu crescimento máximo já foi atingido. A determinação do tamanho da raiz efetiva é importante, pois a determinação da umidade do solo sempre será realizada pelos sensores que estão dentro da faixa da raiz efetiva.

Cada cultura, cultivar e cada fase de desenvolvimento da planta (fase fenológica) possui uma necessidade hídrica, sendo caracterizada pelo coeficiente da cultura (Kc). Para não ter uma mudança abrupta de Kc de uma fase fenológica para outra, todo dia o Kc muda um pouco. É necessário atualizar a informação de fase fenológica na plataforma para que o Kc não fique atrasado em relação a fase fenológica atual. Além disso, fases fenológicas só avançam, na natureza as plantas não regridem uma fase fenológica.

Por fim, se em alguma fase fenológica é necessário aplicar um estresse hídrico, essa fase fenológica não irá gerar demanda de irrigação. No entanto, é importante destacar que uma mesma cultura pode ou não necessitar de uma fase de estresse hídrico, isso depende em geral do manejo adotado pela fazenda. Por isso é fundamental informar isso antes do início da safra.

Exemplo da relação do crescimento da raiz efetiva e o crescimento aéreo da planta. Em vermelho tem um exemplo da evolução do Kc diário. Em azul claro, à medida que a raiz efetiva cresce mais os sensores são considerados. No momento que a raiz efetiva ultrapassa a profundidade que um sensor está instalado, esse sensor passa a ser considerado totalmente. 

Perda de água para a atmosfera

A Perda de água acumulada é a quantidade de água perdida da planta para a atmosfera, que não foi reposta. Essa perda de água ocorre pelo processo de evapotranspiração da cultura (ETC). A evapotranspiração é o processo somado de transpiração das plantas e evaporação da água no solo, essa variável é estimada com os dados da estação meteorológica pelo método de Penman Monteith (FAO 56). Em dias de chuva ou irrigação essa perda de água acumulada pode diminuir e até zerar, pois há reposição de água. Quando a umidade do solo está acima da CC essa perda é nula, pois a quantidade de água no solo está em excesso. Quando a área tem sensores de solo, até uma certa porcentagem de umidade no solo, a perda de água acumulada é gerada apenas via solo. Como a atmosfera reage mais rápido que o solo, ao colocar essa limitação evita-se que a atmosfera gere demanda de irrigação quando o solo está úmido.

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